sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Noite dessas


Acidente, congestionamento, tempo encoberto, novas maneiras de assaltar, menino atropelado na linha do trem, idoso baleado, Um Mano Russo disparado... Essas foram às informações matinais que a mídia (tentou) me embargar.

Mas hoje eu ainda quero permanecer feliz. Seguidora de saraus, ontem fui a um que tem até sobrenome (Liberdade) reduto de gente alegre e livre. Lá eu pude mostrar admiração, respeito e amor aos “samigosirmãos”, gente que gosto de graça e me alegra a alma a cada reencontro.
Meu coração se alegrou com os passos que meus pés inventaram, em plena ousadia dancei forró ao som de reggae. O Groove fazia apologia ao acreditar no que somos.

A praga poesia alastrou-se em meu coração, através da voz firme e frases fortes me fiz criança e adulto em miniatura por inúmeras vezes. Ouvi risos escandalosos e sinceros que compunham o cenário e abraços era moldura para o brilho que as pessoas carregavam.
E durante a noite eu vi a lua pela janela sem estrelas no céu, mas os poetas carregavam constelações nos olhos.

- Coragem, Coragem, Coragem, assim o miocárdio mais pulsante encerrou a noite, só me restou admirar e desejar o sempre estar perto. 
Trouxe na bolsa um livro e nos braços força para segurar nas mãos dos meus amigos e não mais soltar.

Compadeço-me com os problemas alheios, mas não me sobra tempo para chorar. Me resta crer nas utopias minhas e nas dos meus manos, amar tudo e todos, acreditar que somos a melhor geração e que o mundo mudará. Temos mãos, pés e sonhos!

Somos alegres, somos o melhor... Somos o que não existia, pois ontem como diria uma das versões de todos nós “uma flor nasceu”. Somos o todo, desde que haja o Eu-Você.








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