terça-feira, 13 de março de 2012

Esclarecendo os vivos


Quando coisas acontecem em nossas vidas, podemos passar inertes por elas ou dar sentido de algum modo!
E foi tentado dar sentido de eterno que me atrevi a escrever.
Claro, que não pensei sozinha desfruto da alteridade, quando me fora proposto escrever para o FANZINE SOBRENOME LIBERDADE, achei encantadoramente libertador, mas a escrita não mais ornava comigo (pensava)!
Eu que sempre escreverá movida de sentimentos grandes, já não os sentia, não sentia nada!
Erma de amor, raiva e até mesmo indignação, comecei a não contemplar, não mais querer não mais desejar. Nada me cativava!
De repente uma ideia: É isso (tudo)!
Uma proposta: Topa?
Uma resposta: Sim!
Uma ordem: Até tal dia, pronto!
E assim, voltei a escrever!
Penso que o texto que reiniciou essa ação, é o mais sem sentido para mim, não quis escreve-lo, só escrevi!
Mas aquela escrita estranha, que pertence mais a outrem do que a mim, aquilo deu algum espaço para algo próximo a vida! E seguido disto uma carta, alguns dizeres, indignações (muitas), reclamações, declarações...
A vida passou a fazer sentido (ou não)!
Tenho como vício dar explicações, sendo assim segue mais uma:
A necessidade de escrever tudo que fora escrito deve-se ao fato de que gostaria que meus textos fossem lidos como vivos, mesmo que beire o fim, pulsa!
Descobri então que quando não se tem dom nem talento, ainda assim temos vida, então que eu faça da existência o melhor que posso.
Infinitamente verdadeira, mesmo que doa!
Olhar a vida que passa no ônibus, no quarto, na caixa, no isqueiro... A vida que muitas vezes só passa!
E foi querendo viver, que decidi que não quero só passar pela vida passando [só] vontades!
Vou dividi-la e aproveita-la até saciar-me de tudo (ou muito) que ela pode me proporcionar!
E que fique claro, meu paladar é muito apurado para ter provado tão pouco (ainda)!