quinta-feira, 26 de julho de 2012

Conexão São Paulo - Rio de Janeiro (ROCINHA)

Rocinha
Gosto quando o Poeta Sérgio Vaz afirma que a Cooperifa não é um local, não é só ele, mas a Cooperifa é um sentimento.
Estou com essa sensação atrasada, explicando melhor, o que foi sentido ainda permeia em mim, é como se fosse sonho e que em alguns instantes acho que ainda durmo, com atraso mesmo está o post, vida corrida em São Paulo é assim, lutar pela arte e buscar o progresso demanda muito tempo.
Enfim, no dia 07 do respectivo mês me reuni com a família Cooperifa e juntos fomos para a favela da Rocinha. Alegria que já começou no ônibus, várias tribos com o mesmo proposito: disseminar a poesia.
E era tanta energia que no momento de ceder entrevista ao Fabricio Noronha, me senti uma criança, que já sente o externo, sabe se expressar com gestos, mas não tem a fala. Me senti muda, arrepios eram constantes e espasmos por todo o corpo já não  era mais surpresa.
Favela, é favela em qualquer lugar! Gente receptiva e alegre, em vários momentos pensei:
- Vou morar aqui, mas meu sonho real é permanecer em Sampa.
Era tanta gente uma só linguagem: a emoção!
Lugar lindo e percorrer a Rocinha de moto taxi foi impagável R$ 4,00!
E mesmo que com atraso, eu só tenho o que agradecer por me proporcionarem um dia que será inesquecível e quando eu me tornar mãe, eu contarei todos os detalhes ao meu, como algo importante que foi vivido.








Lu'z e Juvaz


Festa

Povo lindo... Povo Inteligente!
Casulo e Jefferson Santana

Lu Silva, Márcia e Vivi

Lu'z e MC Leonardo

Kelly Versão e Lu'z


domingo, 22 de julho de 2012

Saber Guardar


Hoje eu acordei querendo escrever sobre os eventos que tenho participado e me tem feito ser mais do que sou.
Foi uma sequência de realizações de sonhos e surpresas, mas as sensações são mesmo imprevisíveis e que aparecem para mudar o rumo de algumas coisas, enfim como a mania recém-adquirida de organização, estava eu cá a deixar a casa do jeito que minha mãe gosta e achei junto com as roupas de cama uma maleta marrom que eu já havia me esquecido da sua existência, mas por saber do que se tratava descompassou meu coração.
Senti-me fraca e com ausência de coragem sem mesmo abri-la, por minutos longos e árduos pensei: - Porque não ir até o fim?
Ver as fotos do meu casamento me tornou o ser mais egoísta naquele instante, tudo jogado ao vento por um querer, o meu.
Mas o que faz com que estejamos “presos” ao outro? Já tive namorado na qual me sentia casada e não morávamos juntos, porém ele morava em mim. Tenho amigos que mesmo sem documentos comprobatórios de lealdade, somos leais. O querer estar com outrem vai além dos modelos impostos pela sociedade, não encontramos uma receita para isso no caderninho da vovó, (até porque minha vó não tem um) suspeito que simplesmente, acontece.
Dizem que: “Os opostos se atraem” será? Tenho eu minhas dúvidas, mas voltando ao álbum, ao ver as fotos observei como estávamos prematuros, talvez pudesse ter sido, mas não naquele tempo, não daquele jeito, não pelas necessidades que envolveram o SIM mútuo.
Penso que não basta o amor, mesmo sendo ele a grandeza que é estando só, sinto que ele não vai tão longe, tem que admirar o outro, respeitar e desejar (muito).
E ainda pensando em querer e desejar, o que me faz amar o que [quem] amo agora? Será a roupa, a personalidade, o cheiro, a caneta...
Estranho, mas é como se a inexperiência chegasse me cedendo seu currículo e eu a contratasse, não sei ao certo, mas penso que eu nunca tenha amado de fato, que louco dizer isso, porém sinto. Como (acho) que nunca tenha sido surpreendida pelo amor, seria de uma grande ignorância afirmar que agora sim eu amo.
Ontem ouvi a seguinte frase: “... e descobrindo no pouco do que sou aquilo que eu deixei de ser” do poeta Vandei Oliveira, e ouvi-la hoje fez doer o quanto eu não fui por falta de coragem, cansei de perder futuros possíveis amores por tamanha introspecção e por camuflar o que um dia apareceu tão forte e latente.
Ao que sinto  agora: Não darei nomenclaturas a essa sensação real que me invade, eu só não gostaria de te encontrar em outra maleta fria que guarda coisas boas, porém que hoje é só recordação!Quero-te como um pedido feito a noite de modo subliminar, anseio-te canção! Que perdure e seja cantado por outros que não [só] eu, que seja mais: poesia, fotografia, suor, ombro, afago, eu e você, mas que por hora o que é me basta e de modo incomum me completa.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Conselhos

Encontro-me em um momento de gratidão eterna, agradecer o simples e o que aparenta pouco.

Não vou  dissertar muito  sobre o que vem acontecendo, mas hoje quero agradecer a motivação, a empatia e a verdade que eu encontrei em um dos olhares mais intrigantes que já vi!

Em seus documentos que a identificam lê-se: Tatiana Botelho Forte Guedes de Andrade.

Menina de olhar apurado a vida não passa, sem que ela passe por ela, da Vila Santa Catarina para o mundo de Lu'z. 

Amizade é muito disso, identificação.

Conselhos – por Lu’z Ribeiro
Menina, maloca, aliada
digo o que vem do coração, não sou alienada.
Quando ouço sua rima me alegro
a cada verso escutado ou lido, me entrego.

De modo generalizado já disse não gostar de RAP
mas isso foi antes de ouvir citações sobre logradouros e CEP’s.
A voz grave que se impõe, faz além do encantar
não tem meio termo, fala pesada, sabe rimar.

Quem está com ela tá e fica evidente
já prevejo nosso futuro mesmo sem ser vidente
Abraços, afagos, conversas e carinho
É gente como você que eu quero no meu caminho

Me desculpe por delongar, afinal não tenho seu dom
eu só quero te agradar mesmo que meus dizeres não emitam som.
É que a sua busca por abraçar uma paulista
Fez rodar um lugar tão conhecido me enxerguei turista.

Diz que tem cara de mostrão e não é simpática,
Ouso a desmentir-te, sua expressão e sincera e enfática.
Que ninguém me compreenda, essa rima é só para arrancar um sorriso seu
que faz versos tão empáticos, dizeres que parecem meus.

Seu andar de quem anda como em nuvens não nos deixa perceber
que o tanto ouvir pelas costas, deve ficar magoada e sente o sofrer.
Agradeço a noite em que me abri a conselhos,
Onde os olhos desabotoaram-se, eu vi uma Tati além do Botelho.

Tati Botelho, amizade real