segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012, seu lindo


2012 foi um ano  digno  de ser contado, tinha até me comprometido a não  postar novas poesias aqui  no  blog e alimenta-lo mais de crônicas e contos, mas para presentear esse ano lindo (re)invento agradecimentos e disponibilizo  uma poesia que me despe, me deixa nua e crua e mostra como bateu  o miocárdio durante uma boa parte do  ano. 
Agradeço aos amigos leitores Carolina Peixoto, Thiago Peixoto, Ni Brisant, Juliana Vaz, Jéssica Barbosa e Jefferson Santana, que acompanharam a insegurança de ser eu escrita em 2012, alguns mais consultados que outros, mas consultados. 

Sejamos leais, o mais suspeito que a poesia dá conta, que venha 2013.





Inventado  Foras

quando a cama fica grande
me mudo, sou sofá.
só por querer, só
vou dando foras sequenciados
por consequência.

nãos são reflexos vacilantes 
dos pontos de ônibus que falaram comigo
quando  meu corpo não mais coube no seu
por me esconder em envelopes de lençóis
e nunca ter selado zelo, amor.

abri meus olhos para não  ver
seus términos expostos nas redes de não  deitar
cortes abertos por outrem durante as manhãs
estancados com meu líquido noturno
e adormecido com sua indiferença.

doeu a anunciação desprendida de fim
mutilaram meus membros frases de adeus
banhei-me por olhos os mares
devido ausência de falas ou gritos
faltou  dizer não com o  olhar.

peixe fora d'água
me afoguei a cada encher de lágrimas
por saber que seu amor não era meu
que suas inspirações não era eu
enquanto aqui fui  só sua.

brincadeiras doeram e até hoje sangram
abriu meu peito, coração  rolou bola
grudou seu cheiro nada pele a fora
aflorou a flor e sem regar um  algo  nasceu
ignorou quando  nomeei amor, outra vez doeu.

contou  estrelas ao meu lado com alguém que não luz
lançou-se no chão e desejou corpo que não este
estava do seu lado, mas só eu  me via
e sem mentir (juro),  houve muito mais que o aqui escrito
porém meus versos são sucintos (ou deveriam).

após de tudo eu te entregar o todo
de modo grosseiro me incentivou a escrever e “ perigar”
intrigada vaguei o dicionário de lado ao fim
buscando encontrar, mas confesso sou dada a interpretações
noite a dentro, dias afins.

se me entregar a outrem me periga ver o novo
assim serei riscos, traços, alegrias e metas
esquecerei o que tanto  latejou
beberei  em outros lábios contemporâneos versos
buscando intensamente o perigo, de ser feliz que você não  quis.

7 comentários:

  1. É possível ler vc nas entrelinhas!!!
    Sou sua fã, ser humano incrível!!

    Te amo

    ResponderExcluir
  2. Nossa... fantástico!
    É como um desabafo em forma de poesia!

    ResponderExcluir
  3. Juh chega uma hora que há fala, né? te amo...
    E Jeff isso era só um desabafo que atreveu-se a ser mais e é,
    obrigada amigo por tudo :)

    ResponderExcluir
  4. "... voa e avoa que o que é nosso sempre será!"

    ResponderExcluir