quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quebrando a Cabeça


Eu posso ser feliz, brincando com as memórias trincadas da infância.
Procuro minha maior camiseta, para me sentir pequena e frágil.
Abro várias balas de iogurte, mastigo chocolate e bebo Coca-Cola,
para elevar a inocência.
Visto meias e deslizo como em nuvens,
mas no chão.
Sem habilidades para a dança, só me movo de um lado para o outro,
levanto os braços, abro a mente, fecho os olhos e me enxergo.
E o intocável sente a mão da vida.
Ouço sons de raiva e amor, isso me eleva a liberdade,
me cede vestes de coragem.
Ganho forças com a melodia do Legião Urbana.
Outro Renato surge e traz a emergência de novos tempos!
Tempo que perdemos,
 mas ainda sempre será cedo
e o dia é bonito mesmo quando sentimos frio
devemos querer sempre nos encontrar,
 mas não nos tornarmos escravos de ninguém
nem mesmo da nossa busca!
Senti por não ser jovem enquanto era criança, e vice e versa.
Sinto por ser adulta,
 sem inocência infantil e audácia juvenil.
Concretizei vícios inexistentes:
 aguardente da torneira, fumaça de queijo quente, pó de giz e poeira.
Ao diminuir o som restou-me só a sensação,
a de que podemos ser sempre mais e irmos além.
Tudo imaginação e choro risos por isso!
Poder ser feliz é ter memória, mesmo que a infância tenha sido trancada.

5 comentários:

  1. Lu,

    resumiu em um poema o que sentimos naquelas noites nostálgicas... com saudades de tempos que nao vivemos diretamente,mas que fazem toda a diferença...

    Diferença essa que vc faz aqui...

    Obrigada!!

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  2. Ju, ter conquistado sua amizade foi um presente que a vida me concedeu!
    Eu agradeço pelas conversas, risos e novas experiências!!!

    Bom ter com quem contar!

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  3. Que lindo Lu!
    Parabéns!!!
    Puro e doce como a infância! #Ameiiiiii

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  4. Obrigada Mara! Na semana seguinte uma surpresa com cheiro de flor!

    Cultivar os que me merecem se faz necessário, não as vezes, mas todos os dias!

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